AS DUAS CREDÊNCIAS
Dizem os apontamentos do contrato que o mestre que ajustasse o retábulo-mor devia fazer “também duas credências que serão de boa talha com miudeza e relevo e os pés com a galantaria que [a]o mestre parecer com beneplácito do dono da obra”.
Essencialmente o seu risco será do autor do risco do retábulo. A passagem citada confere ao mestre que as executasse – e foi o entalhador Manuel da Costa Andrade –, pelo menos, o poder da criatividade relativamente aos pormenores da talha das mesmas credências.